12/08/2014

Short-fic: Distance - Capítulo 4


Capítulo 4 - Complicated


Por Edward Cullen.

Quando cheguei em casa já passava das dez da noite. Eu estava extremamente exausto, então fui direto pra o banheiro tomar uma ducha enquanto refletia sobre algumas coisas. Havia sido um dia cheio de surpresas. Emmett havia me dado conselhos a respeito de Isabella e assim como Rosalie havia dito que era melhor esperar que Bella viesse até mim e resolvesse revelar a verdade espontaneamente.

Por mim, eu estaria a essa hora na casa dela exigindo a verdade, mas por ela... Por ela eu sufoco os meus desejos. Sufoco os meus sentimentos. Atenuo qualquer coisa por ela.

Agora que eu sei que Isabella tem um segredo e que justamente esse o motivo que nos tornou distantes, que nos transformou em areia e pó, tudo o que eu quero é tentar entendê-lo, entender os motivos que a levou esconder sabe-se lá Deus o que de mim. E tentar compreender qual foi o meu erro nisso tudo.

Agora que existe uma chance de haver um nós novamente, percebo que abri mão dela fácil demais. Deixei-me levar pela primeira dúvida em relação ao seu amor por mim e logo entreguei os pontos pensando no que era melhor pra ela e para nossos filhos.

Eu havia sido tolo, mas um tolo por amor. Muitos irão me julgar, mas somente aqueles que amam incondicionalmente e se entregam totalmente ao sentimento sabem o que eu senti.

Sai do chuveiro e vesti uma roupa confortável – moletom e camiseta regata -, dispensando os habituais alinhados e impecáveis ternos de grife e os sapatos italianos que eu costumava usar e como estava em casa, optei por ficar com os pés descalço. Desci para a cozinha dando falta de Emily perambulando pela casa. Foi somente quando cheguei na cozinha que me lembrei de tê-la dispensado para passar o feriado com o noivo Daniel. Que cabeça a minha!

Após fazer um lanche rápido fui para meu quarto para descansar, mas meu celular começou a tocar. Olhei no visor e reconheci o número. Era minha mãe Esme.

– Oi mãe, boa noite! – saudei.

– Oi filho, te acordei querido? – perguntou minha mãe, com aquela mesma voz maternal e doce de sempre.

– Não, ainda estava acordado – garanti. – Como vão as coisas? Tudo bem com a senhora e com o pai?

– Sim, esta tudo ótimo – respondeu. – Só liguei mesmo para saber a que horas você vem aqui para casa amanhã, para que assim eu possa coordenar com o cronograma de nossa ceia de natal.

Natal. Meu Deus, noite de Natal!

Eu havia me esquecido de ligar para ela e contar sobre o convite de Bella.

– Hã... Mãe, tem algo que eu realmente esqueci de lhe contar – cocei a cabeça.

Minha mãe sempre odiara cancelar seus planos de última hora.

Contei para ela sobre o convite de Bella e ela não conseguiu conter a empolgação. Ela sempre adorara Isabella e o sentimento era recíproco.

– Oh meu Deus, vocês dois voltaram? Estão juntos novamente? – indagou animada do outro lado da linha. Dava para perceber pela voz dela que ela estava sorrindo.

– Não, não voltamos – respondi. – Ainda.

– Mas há a possibilidade então?

– Sim, talvez haja – falei. – Tem algumas coisas que eu e Bella precisamos esclarecer um com o outro, talvez haja uma possibilidade para haver um nós novamente, mas por enquanto é apenas isso. Uma possibilidade.

– Coisas a resolver... Como assim querido? – quis saber. – Até onde me lembro a separação de vocês foi calma e tranqüila e vocês continuaram amigos mesmo depois do divórcio.

– Sim, sempre tivemos um bom relacionamento – concordei. – Mas temos alguns assuntos pendentes pra resolver, coisas pessoais mãe.

– Bom, seja o que for, torço para que vocês consigam resolver – disse. – Gostaria muito de poder vê-los juntos novamente, querido.

– Acho que tudo vai depender de amanhã à noite – falei. – Precisamos ter uma conversa decisiva, que pode mudar tudo tanto para melhor quanto para pior.

– Torço sempre para o melhor tanto para você e quanto para Isabella que é um doce de pessoa, querido – ela falou.

– Bom, mas e aí... A senhora vai amanhã pra casa de Renée e Charlie com o pai? – perguntei.

– Querido, não sei se é uma boa idéia... Está muito frio, sempre neva na noite de natal e seu pai pegou uma gripe esses dias e ainda não está totalmente recuperado.

– Esta tudo bem com o pai? – perguntei preocupado.

– Sim, esta – respondeu. – É só uma gripe chata, logo passa. Mas é melhor na abusarmos, sabemos que todo ano neva aqui em Nova Iorque então não é uma boa idéia ele se expor.

– Tudo bem, mas mesmo assim eu vou amanhã pra casa de vocês – falei. – Passo um tempo com vocês e depois vou pra casa dos pais de Bella.

– Fica á seu critério querido – falou. – Bom, agora preciso ir. Tenho que lembrar seu pai dos remédios dele. Sabe que sozinho ele não faz nada, não é?

– Sei – sorri. – Vai cuidar de Carlisle, amanhã no final da tarde eu chego ai.

– Okay querido. Boa noite Edward! – despediu.

– Boa noite mãe – disse e desliguei o celular colocando-o em cima da mesinha ao lado de minha cama.

Deitei-me na cama e quando senti a textura macia do colchão até suspirei. Eu realmente estava cansado e uma boa noite de sono resolveria isso.

Amanhã seria um dia tumultuado.

Por Bella Swan.

Acordei com Marie na minha cama me chamando.

– Mamãe, mamãe... Acorda mamãe – murmurava sem parar minha filha.

Abri os olhos e a fitei.

– Bom dia, Marie – sorri acariciando o cabelinho embaraçado dela.

– Bom dia, mamãe – falou. – O Tony já esta na sala assistindo desenho há muito tempo, ele não me deixa assistir a Barbie – ela fez biquinho.

– Seu irmão já acordou também? – sentei-me na cama, preparando-me para me levantar.

– Sim, faz tempo que nós acordamos mamãe – falou.

Olhei para o despertador e arregalei os olhos.

Meu Deus, eu havia dormido demais!

E essas crianças acordadas sozinhas na sala... Nada bom!

– Bom, é hora do café então princesa – sorri levando ela para a sala.

Eu realmente havia dormido demais, havia perdido a hora. Graças a Deus eu havia adiantado todo o meu serviço junto com Rosalie ontem. Arrumei as crianças e arrumei as mochilas delas, pois iríamos para casa da minha mãe e passaríamos o dia lá.

Me vesti a jato e fiz peguei uma bolsa no meu guarda roupas colocando tudo o que eu iria precisar para a noite de Natal. Eu tinha de estar perfeita aos olhos de Edward e tinha de principalmente respirar fundo para ter coragem e encarar ele frente a frente para poder dizer a verdade.

Com tudo pronto, liguei para Emmett e pedi para que ele viesse me buscar.

Dez minutos depois o interfone estava tocando anunciando a chegada dele e de Rosalie.

Eles me ajudaram a descer com as crianças, as bolsas e as sobremesas que levaríamos para casa de minha mãe.

– E aí, tudo pronto pra hoje a noite? Esta calma, um pouco mais preparada? – Rosalie perguntou para mim olhando através do retrovisor dentro do carro enquanto Emmett virava a esquina da rua da casa de minha mãe.

Ainda bem que Emmett não fazia idéia de nada.

– Sim, até agora estou confiante de que tudo dará certo – disse respirando fundo.

Por fora eu estava calma, mas por dentro... Por dentro nem um pouco.

Eu estava extremamente tremula por dentro.

Medo e insegurança se misturavam a esperança de que tudo poderia dar certo. Dizem que a esperança é última que morre. Bom, isso é verdade. Eu não iria deixar o medo e a insegurança me dominar novamente. Não desta vez.

Eu iria contar toda a verdade para ele, por mais que isso me custasse.

Ele merecia saber a verdade.

Quando chegamos na casa de minha mãe eu quase estaquei na porta. Ela havia chamado a família inteira!

Meus tios, meus primos de primeiro, segundo e terceiro grau, vizinhos, amigos dela... Meu Deus, quantas pessoas tinham ali?

Trinta? Quarenta? Mais?

Sei lá. Parece que a casa esta mais cheia do que o ano passado. Isso porque James, Alice e Jasper ainda não estavam ali e só iriam aparecer a noite.

Cumprimentar todos que estavam lá definitivamente foi um desafio, mas eu consegui. Rosalie ajudou eu e a minha mãe a arrumarmos a mesa gigantesca pra ceia de Natal. Ela estava insegura na presença de sua sogra, mãe de Emmett.

– Tenho a sensação de que a Maggie não gosta de mim – ela sussurrou baixinho enquanto eu cortava algumas rodelas de abacaxi artesanalmente.

– Não enfia merdas na cabeça Rose – falei. – Tia Maggie sempre te tratou muito bem, e quando Emmett anunciou o noivado com você ela não se opôs. Muito pelo contrário, ela sorriu.

– Não sei não. Ela parece ser gentil com todos, mas comigo ela é uma rainha de Gelo – resmungou me ajudando a arrumar as frutas numa travessa.

– Não pira Rose – revirei os olhos. Rosalie sempre foi segura de si, exceto quando se tratava da sogra e do noivo – Vem, vamos terminar o serviço na cozinha, pois já estamos atrasadas para nos arrumar.

Olhei no relógio e vi que marcava seis horas da tarde. Tinha de tomar banho logo. Minhas crianças já estavam prontas, pois minha mãe havia me feito esse enorme favor. Então agora só faltava eu e Rosalie.

Subimos para o quarto e nos arrumamos. Ela tomou banho primeiro e eu em seguida enquanto ela colocava se maquiava.

Sai do chuveiro enrolada numa toalha e fui me vestir. Quando Rosalie viu o vestido vermelho de mangas compridas que eu iria colocar ela o tomou da minha mão.

– O que pensa que esta fazendo? – reclamei.

– Hello, Bella... você vai estar ao lado do Edward. Não pode se vestir com esse vestido – falou jogando ele de qualquer forma na poltrona.

O que havia de errado com o meu vestido de veludo vermelho escuro?

Eu era mãe e já tinha sido casada, não podia me vestir de qualquer jeito. Tinha de ter compostura.

– E o que eu vou vestir? Não trouxe nada além dele – falei.

Ela pegou uma sacola em cima da cama e me passou.

– Feliz natal adiantado Bella! – sorriu.

Abri a sacola e tirei o conteúdo de lá. O vestido era preto e a sua renda parecia ter sido esculpida detalhe por detalhe. Era tão lindo, mas um pouco curto demais para uma mãe de dois filhos.

– Nossa...! – sussurrei. – É lindo Rose, obrigada. Mas é muito curto, não posso usá-lo.

– Querida, você pode até ser mãe de dois filhos, mas ainda é uma mulher sedutora e tem de abusar desse seu poder esta noite – falou.

– Rose... – tentei argumentar.

– Rose nada – retrucou. – Hoje você vai calar a boca e me deixar te arrumar. Vou te deixar perfeita aos olhos de Edward.

E tinha alguma maneira de não fazer o que minha pirada melhor amiga queria?

Deixei que ela me transformasse em sua boneca, enquanto ela refinava cada centímetro do meu corpo. Maquiagem, cabelo, tudo... Rosalie cuidou de tudo e só deixou que eu me olhasse no espelho quando tinha terminado a sua “obra prima” como ela mesma havia me dito.

E quando me olhei no espelho fiquei chocada.

Nunca havia sido a mulher mais vaidosa do mundo, mas foi bom me olhar no espelho e me sentir linda. Bom pra auto estima.

Só espero que Edward ache isso também.

– E aí, o que achou? – perguntou mordendo o lábio hesitante.

Sorri para a minha amiga.

– Esta perfeita – disse. – Obrigada Rose. Por tudo.

– Não há de que – ela sorriu de volta. – Okay, agora eu vou descer e te esperar lá em baixo enquanto você veste o sapato.

– Tudo bem, desce que eu já to indo – falei.

Rosalie saiu do quarto enquanto eu vestia meu scarpin preto. Graças a Deus ele era macio por dentro, do contrário eu não agüentaria passar a noite inteira em cima daqueles saltos mortíferos. E então me lembrei que havia trago os brincos que Edward havia me dado de presente. Peguei-os na bolsa e os coloquei. Eram tão lindos e delicados que dava até medo de usá-los.

Quando estava prestes a sair do quarto, ela entrou com uma expressão assustada e fechou a porta atrás de si.

– O que foi Rosalie? – perguntei. – Parece que viu um fantasma.

– E eu vi um fantasma – falou. – Uma vaca loira com dez quilos de silicone e pelo oxigenado.

– Do que você esta falando? – perguntei.

– Tanya esta na sua sala neste exato momento com toda a dinastia Denali – falou.

O sangue gelou em minhas veias.

Sentei-me na beirada da cama para não perder o equilíbrio.

Tanya Denali.

A rival que eu nem sequer havia conhecido. Ainda.

– O que... O que ela esta fazendo... na... na casa dos meus pais? – gaguejei.

– Ao que parece sua mãe convido a amiga dela Carmem que é a nova esposa de Eleazar Denali, pai de Tanya, Kate e Irina Denali – explicou. – Kate eu conheci e é um anjo. Irina é meio misteriosa, já Tanya é uma vagabunda de quinta que esta doida pra cravar as unhas no seu Edward.

– Rosalie... Edward vai chegar a qualquer momento e essa... essa mulher esta lá embaixo – falei desesperada. – Como eu vou conseguir levar meu plano a diante se ela vai estar o tempo todo tentando chamar a atenção dele?

– Ai que mora o ‘x’ da questão – ela deu uma piscadela pra mim. – Eu não te produzi dessa maneira à toa. Você não vai deixar que o Edward olhe pra outra mulher além de você esta noite. Você foi casada com ele, o conhece melhor do que ninguém e ainda tem dois filhos com ele. Use isso a seu favor. Mostre uma família unida pra aquela coisa lá embaixo.

– Ótimo, então vamos descer porque eu quero conhecer minha adversária – murmurei me levantando e deixando que a antiga Isabella da época da faculdade se apoderasse de mim.

Quando eu quero algo, eu luto, conquisto e alcanço. E dessa vez não iria ser diferente.

Não iria deixar ninguém tirar Edward de mim.

Por Edward Cullen.

Passei na casa dos meus pais, fiquei um tempo com eles e depois partir rumo a casa de Renée e Charlie. Não havia transito nas ruas de Nova Iorque, o que era um verdadeiro milagre. Talvez as pessoas já estejam comemorando com sua família em suas casas ou tenham viajado, pensei comigo mesmo.

Estacionei o carro próximo a casa dos pais de Bella, peguei a sacola com os vinhos que eu havia comprado e chequei o meu presente para Isabella no bolso de meu paletó, pois o das crianças eu já havia dado adiantado. Depois de muito pensar, conclui que uma jóia era o melhor presente para Bella. Havia comprado uma gargantilha que pendia um coração esculpido por uma safira azul. Ela sempre gostara de coisas delicadas e aquilo era a cara dela.

Sai do carro ativando o alarme e atravessei a rua. Chegando lá fui recebido por uma Renée extremamente alegre.

– Ah Edward... Meu Deus, quanto tempo querido – ela disse me abraçando.

– Olá Renée, quanto tempo – sorri abraçando-a. Eu havia sentido falta dela.

Renée era meio doidinha, mas era um amor de pessoa.

– Ah Edward...! Mesmo que você e Bella não estejam mais juntos, isso não o impede de vir nos visitar – ela falou me puxando para dentro de casa e fechando a porta. – Sabe que lhe considero como um filho, não é?

– Eu também lhe considero como uma segunda mãe para mim Renée – sorri afetuosamente para ela. – Me desculpe por ter sumido, eu realmente estava com sérios problemas para resolver. Mal tinha tempo pra respirar.

– Ah, mas agora irá arranjar mais tempo para vir nos visitar, pois do contrário irei pessoalmente à sua empresa dar-lhe uns puxões de orelha – brincou.

– Vou me lembrar disso – dei risada.

Dei a ela os vinhos que havia comprado, enquanto meus filhos corriam para os meus braços.

Marie e Anthony praticamente se empoleirarão no meu pescoço como dois verdadeiros macaquinhos. Eu amava demais meus filhos. Eram esses pequenos momentos que faziam toda a diferença.

– E aí meus macaquinhos, cadê a mãe de vocês? – perguntei após ter cumprimentado quase todos da sala. Tinha muita gente.

Realmente, Renée nunca irá mudar. E Charlie estava em seu cantinho no sofá com seu charuto e copo de Wisky, como eu me lembrava. Sorri com isso.

Velhos hábitos não mudam.

– A mamãe estava lá em cima com a tia Rosalie papai – Marie respondeu.

– Acha que ela vai demorar? – perguntei ao mesmo tempo em que Anthony dizia...

– Olha lá a mamãe, papai – ele falou apontando para trás de mim onde ficava a escadaria. – Nossa, como ela ta linda!

Coloquei Marie que estava em meu colo no chão e virei para trás. Então eu a encontrei.

Somente aquelas que amam sentem o coração disparar ao ver a mulher amada tão deslumbrante como estava Isabella. Um sorriso involuntário brotou-se em meus lábios.

O sorriso em resposta dela me fez ainda mais feliz e esperançoso de que naquela noite finalmente as coisas pudessem ter um final feliz. E ela estava apenas começando.

Ela desceu as escadas e parou de frente para mim com um sorriso.

– Você veio – ela falou.

– Sim, eu disse que vinha – sorri.

– Que bom! – sorriu.

E então de repente um voz um tanto conhecida soou o meu nome e eu quase cai de costas.

– Edward, você aqui! – exclamou a loira.

Quando desviei meus olhos de Isabella e olhei para o lado me deparei com Tanya Denali. A Gerente do RH de minha empresa.

Droga, isso não era nada bom. Com Tanya por perto as coisas ficam complicadas.

Eu sempre soube que ela tinha uma paixonite aguda por mim embora eu nunca tenha lhe dado esperança alguma. E nunca daria. Eu só tinha olhos para uma mulher. E essa mulher era Isabella.

A única que tocou meu coração. A mulher da minha vida.

– Olá Tanya – forcei um sorriso. – Estou surpreso em encontrá-la aqui – disse e disparei meus olhos para Isabella ao meu lado que fitava a loira com uma expressão séria. O lindo sorriso nos lábios dela havia desaparecido.

– Eu também – falou. – Por acaso é algo da família Swan?

– Sou amigo intimo deles – falei e olhei pra Isabella. – Deixe-me apresentar vocês duas... Tanya, esta é Isabella... A mãe dos meus filhos – gesticulei entre as duas apresentando-as.

Como eu queria poder apresentar Isabella como a Sra. Cullen, minha esposa...!

Mas como não podia, fiz o melhor que pude. Apresentei-a como a mãe dos meus filhos.

– Ah, é um prazer em conhecê-la – Tanya estendeu a mão para Isabella que a cumprimentou com um casto e tímido sorriso, quando apertou a mão dela.

– Também é um prazer conhecê-la Tanya – Isabella limitou-se a dizer.

– Então você é a misteriosa senhora Cullen? – perguntou Tanya de propósito.

Mas que droga, o que ela estava tentando fazer? Todos sabiam que eu havia me separado de minha esposa.

O que ela estava pensando?

– Não mais - Isabella disse corando. – Se me dão licença, vou procurar por Rosalie. Edward, fique a vontade a casa é sua.

E então ela saiu andando e me deixou ali com Tanya.

Isso não iria acabar bem.

Deu o que fazer, mas eu finalmente consegui me livrar da conversa fiada dela e fugir para o lado de Emmett.

– Cara, acho que tu ta precisando de um bebida – disse Emmett me passando um copo de Wisky.

– Sim, eu to – disse bebendo tudo de uma vez só.

– A loira ali estava te importunando ou é impressão minha? – perguntou.

– Não é impressão sua – garanti. – Ela estava mesmo me enchendo o saco. Daquela ali eu fujo sempre que posso.

Ele gargalhou.

– E minha prima, já conseguiu conversar com ela? – perguntou.

– Ainda não. Estou esperando a oportunidade certa – falei. – Quando eu estava com ela, Tanya apareceu e estragou tudo.

– Ótimo, então porque não vai até ela e a puxa de canto para conversar? – perguntou.

– Agora? No meio de todas essas pessoas? – indaguei.

– Tem o deque da varanda aqui fora... Chame-a lá para fora e conversem a sós – deu de ombros.

Ele tinha razão. Eu tinha de tomar uma atitude.

– É o que eu vou fazer – sorri ao mesmo tempo em que Marie gritava Tio James e sai correndo para porta.

Nessa hora meu mundo ruiu ao ver Isabella indo correndo pra porta entre aberta e sorrindo.

O sorriso de felicidade dela foi a única coisa que eu vi. Não vi nem o rábula. Só via o sorriso de felicidade que eu não pude colocar nos lábios dela.

Não havia mais esperança. Ela havia convidado o outro.

Eu havia perdido Isabella.

Para sempre.

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