08/03/2015

Fanfic: Minha muito, muito estranha vizinhança - Capitulo 13


Capítulo 13 - Ok, isso era muito, muito confuso?

– Nos tornaremos melhores amigas de Alice. – o sorriso dela morreu imediatamente.

– Alice Brandon?

– Sim.

– hmmm...

– O que?

– Alice, a irmã de Emmett?

– É sua futura cunhada. – a careta de Rosie foi maior. - O que?

– Você já viu a menina? Parece que deseja a morte de todo mundo.

– Ah ela não é tão mal. – nem eu acreditava nisso, mas tinha que fingir que sim.

– Bella, quando ela estiver te encarando, eu acredito seriamente que ela quer explodir seu celebro.

– Oh... ela me encara muito. – falei tristemente e ela sorriu.

– Não se preocupe, seu vampiro te protege.

– Eu sei, mas eu não gostaria de dizer ao Emmett que meu vampiro se livrou da irmãzinha dele. – Rosalie riu.

– Bella você está falando sério?

– Claro, seria muito triste dizer a Emmett, por que eu gosto muito dele, e....

– Não, não. Sobre Alice.

– Oh, sim, eu realmente estou, precisamos ser amigas dela, tipo melhores amigas.

– Por quê?

– Para ajudar ela a namorar um vampiro. – sussurrei e ela estreitou os olhos.

– Bella...

– Nem comece, se não fosse pela minha intromissão você não estaria com seu zumbizinho. – falei o apelidinho carinhoso de Emmett fazendo barulho de beijinhos, ela bufou, mas acabou sorrindo.

– Ok, ok. E o que faremos?

– Bem, ela é sua cunhada, fale pra Emmett convidar ela pra comer com a gente.

– E se ele perguntar por quê?

– Diz que você quer ser amiga dela.

– Bella...

– Vamos Rosie, por favor, Rosieeee... – fiz bico e ela grunhiu.

– Ok eu falo com ele.

– Ótimo, liga pra ele.

– Agora?

– Quando mais rápido melhor.

– Oh Deus. – ela pegou seu celular na mochila, e discou, fiquei olhando pras minhas unhas, enquanto esperava a ligação completar. Hmmm eu devia parar de roer as unhas, a situação estava lamentável, mas depois eu vejo isso.

– Emmett?... sim sou eu... ah... Estou bem amor e você?.... – ela assentiu e resmungou algo. – Então, o que acha de convidar sua irmã para almoçar com a gente amanhã?

Ela ficou um bom tempo em silêncio e comecei a olhá-la confusa. Ela bufou e assentiu.

– Quero ser amiga dela?!... Emmett... – bufou de novo. – Ok, te espero, tchau.

– E ai? – ela guardou o celular.

– Emmett disse que vai convidá-la, mas ele não promete nada.

– Tudo bem, já é um começo.

– Me diz com quem quer juntar Alice.

– Jasper.

– Jasper Hale?

– É, ele é melhor amigo de Edward, é muito legal, e gosta dela.

– Sério? Achei que fosse como a irmã.

– Tânia? - resmunguei, Jasper não tinha nada haver com a Barbie da irmã dele.

– Oh a putania você quer dizer.

– Putania? – eu gargalhava agora. – Que apelido é esse?

– Menina a vadia da pra todo mundo.

– Até zumbis e lobos?

– Alguns dizem que sim.

– Nossa.

– É, sem contar que é uma metida e chata, ela foi um dos motivos de eu não querer nem chegar perto de ser líder de torcida. Eu acabaria batendo nela, tenho certeza.

– Que coisa. Mas Jasper é legal e por que achou que eles seriam parecidos? Só por serem irmãos?

– É por que são gêmeos.

– Sério? Gêmeos?

– Você é meio por fora do que rola em New Vale hein.

– Muito. Enfim, vamos ao nosso plano. – esfreguei as mãos já imaginando o que faria para forçar Alice a ficar com Jasper. Eles iam ser um casal nem que eu tivesse que amarrar a menina e enfiar alguma coisa que preste na sua cabeça.

– Bella vamos devagar ok, Alice é... difícil, vamos tentar a amizade, depois a gente vê.

– Tudo bem. – resmunguei. – Quer que eu te leve pra casa? – ela arqueou uma sobrancelha e pigarreei. – Se você quiser ir, se quiser ficar a gente pode ver um filme ou algo assim. – me apressei em dizer, ou ela acharia que eu estava dispensando ela, mas ela riu.

– Não, Emmett vem me buscar.

– Imaginei.

– E ele já deve estar chegando.

– Ok, vamos esperar lá em baixo. – ela assentiu e descemos, chegamos ao andar de baixo e nenhum sinal de minha mãe. Ela não ia trazer um lanche? As vezes ela era mais distraída do que eu.

– Cadê sua mãe?

– Deve ter saído. – saímos pra fora e sentei no gramado, ela me acompanhou e fiquei olhando pra casa de Edward.

– Sabe o que nunca entendi uma coisa nessa “brincadeira”. – Rosie olhou pra mim confusa.

– Brincadeira?

– É essa de New Vale e os “seres místicos”. – fiz aspas com os dedos e ela riu.

– O que nunca entendeu?

– Certo, quando você pensa em lobos, zumbis e vampiros, você imagina casarões assustadores, cemitérios, sabe uma coisa bem dark. Agora olha pra esse lugar. – apontei em volta, e pra provar o meu ponto, na casa em frente um cara cortava grama, no outro lado uma menininha de cabelo dourado andava de bicicleta com a mãe toda sorridente atrás dela.

– Ah... – boca de Rosalie abriu e fechou. – Acho que está certa.

– Pois é, não faz sentido nenhum. Vocês deviam se nomear, elfos, fadas e gnomos. – começamos a gargalhar.

– Os homens iam ter um problema com esses apelidos.

– Ai está à prova, foi um cara que deu essa nomeação bizarra pro povo de New Vale. E um cara meio perturbado, se quer minha opinião.

– Ah gosto pra tudo. – rolei os olhos e olhei para a casa de Edward.

– Hey a gente podia ter um encontro duplo.

– Encontro duplo?

– É, você e Emmett e eu e Edward.

– Oh... acho que sim.

– Vai ser ótimo. Que tal sábado?

– Hmmm.... sábado não posso.

– Oh e domingo.

– Não.

– Segunda...

– Não posso sair em noite de escola. – falou evitando meus olhos.

– O que é Rosie? Você não quer mais ser minha amiga é só falar.

– Não Bella, lógico que eu quero. Mas não posso sair em noite de lua cheia.

– Noite de lua cheia? Por quê? Você vai virar um lobisomem. – comecei a rir e ela ficou quieta. – Rosie...?

– Eu... eu... – ela se levantou me evitando e a imitei e segurei seu braço.

– O que foi?

– Eu preciso ir.

– Não vai esperar Emmett? – assim que falei vimos um jipe se aproximar, Emmett buzinou alegremente, mas seu sorriso morreu ao olhar Rosalie, segui seu olhar e ela parecia ansiosa.

– Hey meninas. – ele saltou do carro indo imediatamente para o lado dela. – Rosalie?

– Oi Emmett, podemos ir?

– O que foi? Bella?

– Eu não sei, ela ficou estranha de repente. Oh... – dei um tapa na testa, lembrando da brincadeira idiota. – Eu estava brincando sobre o negocio de lobisomem Rosie, não fique chateada, me desculpe.

– Está tudo bem. Eu preciso mesmo ir. – ela começou a se afastar e me apressei a ficar na sua frente.

– Rosie espere.

– O que? – ela parecia realmente chateada.

– Eu juro eu não falei por mal.

– Eu sei, eu só...

– O que?

– Nada eu já vou. – era como se fosse falar algo, mais mudou de ideia, as pessoas fazem muito isso por aqui. Sem pensar a puxei para um abraço.

– Está bem, mas saiba que não ligo pra isso.

– Não liga?

– Claro que não, você me fez mudar meu conceito de lobisomens. Se todos forem como você eles são ótimos. – ela deu um sorriso fraco, e me abraçou de volta.

– Você é uma ótima amiga.

– Oh, ok. – ela me soltou e foi para o jipe, Emmett olhava meio confuso e veio me dar um beijo na bochecha.

– Gosta mais dos zumbis agora também? – deu um grande sorriso e rolei os olhos.

– Sim, percebi que todos são palhaços.

– Magoou Bella. – fingiu de ofendido, mas seu sorriso com covinhas apareceu logo em seguida.

Ele acenou e entrou no carro, acenei para eles e voltei a sentar no gramado, olhei para a casa de Edward. Gostaria que ele estivesse aqui, podia ir lá, mas com certeza eu ficaria vermelha ao ver sua mãe, ainda mais depois da ultima vez, ela não me viu, mas com certeza imaginava o que estávamos fazendo no seu quarto.

Continuei olhando para a casa e de repente Edward estava saindo e vindo em minha direção, arquei uma sobrancelha e ele sorriu e se sentou ao meu lado.

– Estava pensando em você. – sussurrei e ele sorriu abertamente.

– Eu sei.

– Sabe?

– Bem, é que eu estava em você.

– Oh... – minhas bochechas esquentaram, ele sorriu e se inclinou para mim e beijou minha bochecha.

– Se divertiu com sua amiga?

– É... bem até a hora de ir, eu a magoei.

– Como?

– Eu fiz uma piada idiota, e ela se chateou.

– Que piada?

– Ela disse que não podia sair em um encontro duplo, por que vai ser lua cheia no fim de semana, e eu zoei ela dizendo que ela viraria um lobisomem. – sussurrei e me joguei pra trás deitando e olhando para o céu. Edward me imitou e pegou minha mão beijando meus dedos.

– Com certeza ela vai ficar bem.

– Eu acho... eu só não notei como vocês levam a sério essa coisa de seres místicos.

– Alguns levam muito a sério Bella.

– Eu sei. Eu só acho bobo que isso atrapalhe pessoas que se gostam de ficar juntos. – me virei para ele. – Se eu fosse uma loba ou uma zumbi, a gente nunca ia poder ficar juntos. – murmurei tristemente.

– Daríamos um jeito. – ele jurou, seus olhos brilhando.

– Daríamos?

– Claro, você vale a pena. – corei furiosamente e me aproximei mais deitando a cabeça em seu peito, ele passou os dedos em meu cabelo e me aconcheguei mais contra ele.

– Você vale também, meu vampiro. – ele riu contra meu cabelo e beijou o topo da minha cabeça. Ficamos em silêncio por algum tempo, respirei fundo sentindo o cheiro dele e sua estranha frieza, me lembrei do outro dia quando ele não me respondeu por que ele era frio.

Na verdade era estranho como ele era frio e Rosalie e seu irmão eram muito quentes, comecei a mastigar o lábio nervosamente, não era só isso que era estranho nele, havia mais coisas, coisas pequenas e que só convivendo você nota, algumas me lembravam Phil, ele era gelado como Edward, mas mãe havia dito que ele tinha doença, não me lembrava qual, mas Edward devia ter também.

Era melhor não comentar, ele podia se chatear, fiquei quietinha aproveitando o silêncio entre nós, nada exceto o vento, sua respiração em meu cabelo, meu coração, seu cora...

Apertei meu rosto um pouco contra o peito de Edward e só ouvi silêncio, movi a cabeça um pouco mais para o meio do seu peito e ainda silêncio. OMG...

– Bella o que está fazendo? – Edward riu, e engoli em seco levantando rapidamente.

– Eu nada. Por quê?

– Você está bem? – ele me olhava curiosamente, seus olhos dourados estavam mais escuros hoje.

– Sim, sim... eu só lembrei que eu tenho dever de casa.

– Eu também tenho. – ele resmungou. – Podemos fazer juntos?

– Ah... – ri nervosamente. – Você sabe que estudar é a ultima coisa que faremos.

– Assim me ofende.

– Sério?

– Ok, podemos estudar na cozinha ou sala?

– Eu...

– Vamos lá, eu posso te ajudar com algumas matérias. Você conseguiu pegar tudo, sei que mudar no meio do ano deve ser difícil.

– É... ok.

– Legal. – ele levantou e me estendeu a mão, hesitei por um momento, mas quando olhei em seus olhos eu só vi meu Edward ali, com certeza tem alguma explicação lógica para o coração dele não bater. Deus eu espero.

– Vou pegar minhas coisas. – murmurei e ele assentiu.

– Sua casa ou minha?

– Minha. – gritei e ele arqueou uma sobrancelha.

– Você esta bem?

– Sim, sim.... vou só pegar minhas coisas.

– Vou buscar as minhas. – ele se aproximou e escovou os lábios contra os meus, suspirei contra sua boca, mas me afastei de repente.

– Estudar. – ele riu.

– Sim senhora. – ele foi pra sua casa e corri como louca pra minha e passei a chave.

Respira Isabella. Não há nada para se preocupar. É só Edward ali, o coração dele não bate isso é super normal...

Tá louca, aonde isso é normal?

Claro que é. Ele deve ter alguma doença bizarra, aposto que se pesquisar no Google, eu vou achar.

Ok, pesquise essa eu quero ver.

De que lado você esta?

Na verdade, seu namorado é estranho.

Pode ser, mas ele, ele...

Viu você nem tem resposta pra isso.

O que isso quer dizer?

Que ele é algum tipo de...

– CALA A BOCA. – oh céus, eu estava gritando comigo mesmo.

Vamos lá, eu só preciso pensar e decidir que isso é normal. Eu posso muito bem ter ouvido mal. Isso eu não ouvi direito, por que é impossível o coração de alguém não bater, afinal como alguém pode andar por ai se o coração não bate. Eu ouvi mal. É isso, tenho certeza, absoluta...

– Bella?

– Ai que merda. – gritei colocando a mão no peito, meu coração batendo como um louco.

– Tudo bem? – olhei pra Phil que me olhava preocupado.

– Sim, sim. eu... – ri meio histericamente. Será que ele estranharia se eu pedisse para ele me dar um tapa, acho que estava ficando meio histérica.

Completamente histérica.

Cala a boca.

OMG estou falando comigo mesma de novo.

– Isabella? – Phil chamou de novo, ele parecia realmente preocupado e forcei um sorriso.

– Desculpe, eu só ando meio aérea.

– Ok. Sua mãe já contou as novidades?

– Não.

– Vamos jantar nos Cullen no sábado.

– Oh... os Cullen? Os pais do Edward? Esses Cullen?

– É... por que vocês terminaram?

– Não, estamos bem. Muito bem, praticamente apaixonados, quer dizer... não apaixonados, mas estamos quase lá, eu acho, deve ser... – ele me olhava como se eu fosse louca, e eu realmente estava. – Estamos bem. – falei fechando a boca antes que falasse alguma merda.

– Bella eu vou chamar sua mãe, você está me preocupando. – antes que ele se afastasse alguém bateu na porta e olhei para lá em pânico.

– Quem é? – Phil abriu e olhou Edward. – Olá Edward.

– Sr. Dwyer.

– Me chame Phil.

– Claro. Pronta Bella? – Edward me olhou ansiosamente e olhei de Phil para ele sem saber o que fazer.

– Eu.... eu...

– Bella?

– Isabella? – os dois disseram e em seguida se olharam. Foi como se falasse com os olhos e em seguida Phil me encarou intensamente, seus olhos pareciam muito dourados e penetrantes, minha mente começou a ficar vazia e fiquei sonolenta e minha visão foi perdendo o foco.

– PARE! – alguém gritou e pisquei como se tivesse acordando de um cochilo e vi Edward apertando o braço de Phil.

– Por quê?

– Não faça isso com ela.

– Então faça você.

– Não.

– Você não consegue? – Phil arqueou uma sobrancelha e Edward bufou.

– Não com ela.

– Então ela é sua?

– Sim, e não quero que faça isso.

– Do... do que estão falando? – perguntei ficando meio zonza ainda, e Edward como num borrão veio para pertinho de mim e me pegou no colo, sorri para ele.

– Você teve uma tontura Bella. Venha vou levá-la para o quarto.

– Ok. – ele se apressou em subir a escada, e fiquei olhando para ele.

Mais que merda aconteceu lá embaixo?

Isso já estava virando uma frase muito usada aqui. Muita coisa confusa acontecia em New Vale. Toquei o rosto de Edward com as pontas dos dedos e ele me encarou enquanto entrava em meu quarto.

– Tudo vai ficar bem. – ele prometeu e sorri.

As palavras de minha mãe me voltaram à mente.

O desconhecido assusta, mas devemos dar uma chance.

– Eu sei que vai. – sussurrei e ele sorriu, minhas pálpebras pareciam pesadas e a cada segundo estava mais difícil ficar acordada.

Ok, isso era muito, muito confuso?

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