13/08/2014

OGlobo: Michôd diz que ‘The rover’ reafirma seu interesse por tipos marginais



RIO - Depois que “Reino animal” (2010), seu primeiro longa de ficção, ganhou o grande prêmio do júri em Sundance e uma indicação ao Oscar (de atriz coadjuvante, para Jacki Weaver), David Michôd poderia ter escolhido qualquer projeto mais ambicioso para fazer em Hollywood. Mas o australiano preferiu permanecer na terra natal e explorar outros de seus personagens sombrios em “The rover — A caçada”, em cartaz desde quinta-feira nas salas do Rio.

— De repente, muitas oportunidades se abriram, mas, no fim, decidi que queria dirigir meu próprio roteiro e fazer o filme na Austrália, de forma que pudesse ter total controle — explica o diretor de 41 anos em entrevista ao GLOBO.

Protagonizado por Guy Pearce e Robert Pattinson, “A caçada” descreve a perseguição de um homem solitário a um grupo de assaltantes que roubaram seu carro. No percurso, captura o irmão mais novo de um dos ladrões, menosprezado pelo grupo por causa de sua deficiência mental, e com ele estabelece uma tensa parceria. O cenário é uma Austrália semideserta, marcada pela violência resultante de um colapso econômico. Como em “Reino animal”, o diretor mira em tipos indiferentes à lei.

— Sou fascinado por personagens que, não importa o motivo, são forçados a levar uma vida perigosamente marginal — justifica Michôd. — Isso não reflete, necessariamente, minha visão da sociedade em geral. É, sim, mais um reflexo de meu interesse por uma determinada fatia da sociedade.

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