21/03/2015

Cinema na Rede: #MapasParaAsEstreIas traz uma visão crítica do mundo glamuroso de Hollywood


O canadense David Cronenberg tem uma visão bem peculiar de Hollywood e deixa isso bem claro em sua obra. O mais recente dos seus filmes, Mapa para as Estrelas, mostra como a fama pode ser enganosa e como tudo, absolutamente tudo no glamouroso mundo do cinema tem um preço.

O começo é bastante revelador: uma jovem chega a Los Angeles, embarca em uma limousine alugada e pede ao motorista para mostrar-lhe as mansões onde moram os astros e estrelas de Hollywood. Ela, Agatha Weiss (Mia Wasikowska) é uma aspirante a roteirista, o chofer Jerome Fontana (Robert Pattinson) persegue a carreira de ator. Aos poucos, vamos descobrindo que ela já viveu ali, que sofreu um acidente que lhe deixou várias cicatrizes de queimaduras e esteve internada em um hospital psiquiátrico.

Essa excêntrica personagem nos apresenta outras igualmente intrigantes todas relacionados entre si: Havana Segrand (Julianne Moore) uma atriz veterana que não consegue mais papeis; Stafford Weiss (John Cusack) um escritor de livros de auto-ajuda), o filho dele Benji Weiss (Evan Bird), adolescente que estrela uma série de TV sempre envolvido em problemas.

Há de tudo que se possa imaginar no relacionamento deles: obsessões, competições, surtos psicóticos, abusos de todo tipo de substancia. O elenco é um grande atrativo, embora o desempenho seja irregular. Julianne Moore, premiada como melhor atriz no Festival de Cannes, exagera no tom às vezes; há momentos em que Mia Wasiskowska parece ótima, em outras totalmente fora do contexto; Robert Pattinson parece fazer sempre o mesmo papel. O único que tem apresenta uma performance equilibrada é John Cusack, como o falso guru milionário que tem um passado a esconder.

Com boa produção e uma narrativa dinâmica, Mapa Para as Estrelas é interessante, apesar de não ser o melhor filme sobre o assunto (vide O Crepúsculo dos Deuses, entre outros). Mostra um lado pouco atraente da fábrica de sonhos, o que não quer dizer que não hajam outros aspectos mais favoráveis. Mas isso é o que Hollywood faz melhor: fingir ser o que não é.

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